segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Jacarandá

Saí ontem com uma amiga que não via desde o meio do ano (ela mora nos Estados Unidos e está no Brasil para as festividades de final de ano e para o casamento de um primo). Nós íamos à exposição do Ron Mueck na Pinacoteca, mas a fila estava quilométrica e a temperatura estava fresquinha #soquenao... Desistimos e fomos ao MAC do Ibirapuera, que fazia tempo que queria visitar.
Primeiro que é inacreditável que aquele prédio claro, agradável e lindo já foi, há não muito tempo, aquele prédio burocrático e feio que abrigava o Detran! Segundo que o museu, de entrada gratuita (e tem estacionamento), tem uma visão superbonita do Parque Ibirapuera do último andar (um dos meus spots favoritos da cidade, sem dúvida). Terceiro que, apesar d’eu não curtir tanto arte contemporânea, o museu tem muita coisa legal, como obras da Tarsila do Amaral e da Anita Malfatti, além da Transarquitetônica, uma instalação impressionante e enorme em que você anda por corredores de concreto que vão virando troncos de árvore. Eu adorei!! Quarto que tem ar condicionado, né... e  isso já é tudo nesse verão!
Da próxima vez, quero ir numa terça, em que o museu fica aberto até as 21h, para pegar o pôr do sol sobre o Parque. Que lindo!

Depois de lá, fomos almoçar. Ô dificuldade encontrar restaurante aberto nessa cidade nessa época do ano...
Felizmente, o Jacarandá estava aberto. Só tinha ido lá uma vez, no almoço executivo. Era uma massa e estava ótima. Pulei a sobremesa e fui ao La Folie.
O restaurante é super agradável, com um lindo jacarandá no meio do salão e uma vendinha na casinha da frente; o atendimento também é super educado e bem informado, a sommelier é fofa demais, com seu sotaque hispânico. O menu é bem curtinho (gosto muito) e tem a fantástica opção dos minipratos – alguns pratos do cardápio são servidos em miniporções (cerca de 1/3 do prato original) para você poder experimentar mais coisas e fazer seu próprio menu degustação!
Eu pedi o mini arroz com camarão e torresmo (R$ 22) e o mini sorrentino de abóbora com manteiga e cogumelos (R$ 14). Também experimentei o mini talharim com alcachofras e limão siciliano (R$ 15) do HK. O talharim, achei meio sem graça, e o sorrentino podia estar mais fino (mas estava bem gostoso!). O arroz estava superbom.

De sobremesa, ainda bem que o Folie estava fechado, porque “fui forçada” a comer a de lá mesmo – pedimos o bolo cremoso de chocolate belga e o untuoso creme de café com farofa (ambas em torno de R$ 15). Estavam ótimas, preferi meu creme, bem levinho e aerado, casando perfeitamente com a farofa crocante.

 Ah, tenho que falar que a freqüência do restaurante é ótima: a Paola Carosella estava lá!!!! Aaaaaaaaa!!! Virei tão fã dela depois do Masterchef Brasil!! :D (não, não falei com ela que morro de vergonha dessas coisas)

Voltarei? Sim, a comida é boa, e devo incentivar a idéia dos mini-pratos.
Para ir: com poucas pessoas, que o salão não é grande.
Tipo: comidinhas com sotaque espanhol.

Fotos: @autoindulgente. No instagram, tem foto do bolo cremoso, e no meu instagram pessoal (@fernanda.i) tem fotos do MAC.

Serviço de utilidade pública: Rua Alves Guimarães, 153, Pinheiros - tel. 3083-3003

sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

Micaela

Faz um tempinho já que o Micaela abriu pertinho de casa, mas é engraçado como a gente vai pouco a lugares perto de casa, né?! Fico pensando como faria se eu morasse em Pinheiros... onde é que eu ia jantar?!!
O Micaela também tem um “Q” de bistronomia (a nova moda do rei) – o cardápio não muda com tanta freqüência e não varia de acordo com a sazonalidade dos ingredientes, mas é a mesma ideia de pratos-simples-mas-bem-executados-com-preços-decentes. O cardápio tem pratos e ingredientes bem brasileiros (como canjiquinha e bife à cavalo) com um toque espanhol (bem interessante).

Não resisti às lembranças da infância e pedi a canjiquinha (R$ 40). Já corto logo o barato de quem babou pensando no meu prato (não muitas pessoas, imagino... o povo torce o nariz só de ouvir as palavras “língua”, “rabada”, “canjiquinha”, “bucho”... ô gente fresca! Não sabem o que estão perdendo!!): não só a melhor canjiquinha do planeta continua sendo a da minha madrinha, como a do Micaela realmente ficou devendo... sem tempero, rala, sem graça, os grãos al dente (canjiquinha não dá para ser chic, tem que ser mais molinha!)... reprovada!


Só não saí frustrada do restaurante porque roubei um pouco da galinhada (R$ 40) que o HK pediu. Superblasterboa!! Bem saborosa, temperada, bem molhadinha, sem ser empapada. Bem gostosa mesmo!! Vale muito!!

De sobremesa, o HK comeu a creme catalã de paçoca (R$ 20). Boa idéia de colocar farofinha em cima da sobremesa, dando aquele toque crocante ao creme! Mas não me cativou. Melhor descer a rua e comer o nougat com nozes caramelizadas da Lu Bonometti mesmo.


As porções são bem grandes. Da próxima vez, a gente vai dividir uma entrada e um prato. É mais do que o suficiente para nós dois.
A conta, com os dois pratos + sobremesa + água + refri = R$ 119,35.

Voltarei? Sim, a galinhada por si só já me faria voltar! Mas ainda há outros pratos com carinha interessante, como o risoto com costela de tambaqui.
Para ir: Sempre. O restaurante realmente tem preços justos – e ainda fica perto de casa. Dá até para ir de bike!
Tipo: bistrô de comida brasileira.

Fotos: @autoindulgente (a foto da galinhada está no instagram)

Serviço de utilidade pública: Rua José Maria Lisboa, 228, Jardins - tel. 3473-6849

quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

BBB

Eis um caso raro nessa cidade! O Opera Ganache vende macarrons bons, bonitos e baratos!!! Delicadíssimos, há vários sabores disponíveis (recomendo o de pistache, bem fiel) e são vendidos por quilo (R$ 160 – 4 macarrons pequenos ficaram R$ 6,72, para uma noção). A melhor relação custo/benefício da cidade, sem sombra de dúvida!
Além dos macarrons, os bombons (R$ 4 cada) também são dignos de menção. Primeiro que são lindíssimos e coloridíssimos. Segundo que são bons de verdade – casca de chocolate fina, chocolate de alta qualidade, e ganache/ recheio bem saborosos. O de chocolate meio amargo com caramelo me lembrou da sobremesa do Glouton... #saudades.

Não bastassem esses dois motivos acima, o atendimento (da loja da Augusta, que foi a que conheci) é primoroso. Uma senhora querida e simpaticíssima, doce como a loja.

Aproveite para dar um pulo na Livraria Mundo Gourmet, que fica na mesma galeria e é uma daquelas lojas-sonho que 4 entre 5 pessoas gostariam de ter (a 5ª pessoa é anoréxica ou aquela amiga chata que não come nada, sabe...).

Voltarei? Sim! Ainda tem doces a la française lindos que eu ainda não provei.
Para ir: satisfazer seu sweet tooth.
Tipo: doces, bombons e macarrons (Noivinhos de plantão, o Opera Ganache também faz doces para eventos. Dá para marcar degustação).

Foto: não teve porque, quando percebemos, já havíamos comido tudo.

Serviço de utilidade pública: Rua Augusta, 2542, loja 7,  Cerqueira Cesar - tel. 5017-6928

terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Oui

Sábado à noite, fui ao Oui, que estava na minha lista desde que o Luiz Américo Camargo publicou sua resenha sobre o lugar.
O Oui segue a linha da bistronomia (comida sazonal, bem feita tecnicamente, com ambiente simples e atendimento informal, mas correto, e preços decentes), mas não serve carafe d’eau nem vinho da casa (pessoal do Oui, #ficaadica!). O cardápio tem 2 pratos fixos e mais 3 ou 4 que mudam de acordo com o que está mais fresco no mercado. Conceito interessante e que tende a crescer em SP, dizem os críticos e os bolsos.

Nenhum de nós pediu os pratos fixos. Meu pai pediu o olhete (peixe branco do mar) unilateral (grelhado somente do lado da escama, produzindo uma pele bem crocante e tostada e, do lado oposto, uma carne mal passada e firme) com cevadinha e maçã verde (R$ 47); HK pediu a língua de boi com purê de batata doce (R$ 39), e eu pedi o magret de pato com legumes (R$ 59). Meu magret estava lindamente mal passado, com leguminhos jovens al dente; a língua estava derretendo de tão molinha, o olhete também estava muito bom.


Tudo muito gostoso e correto, mas, talvez pela expectativa criada, não surpreendente. Ficou um ar de decepção no meu semblante.

(talvez minha resenha melhore sua experiência no Oui, porque, se eu tivesse ido com expectativas mais baixas, teria saído mais feliz. Isso foi culpa do Luiz Américo!!, porque o restaurante promete e intenciona exatamente o que entrega...)

(hahahaha!)

De sobremesa, dividimos o gateau de stout com mousse (?) de maracujá (R$ 16) e a mousse de chocolate com sorbet de cenoura (R$ 16) – uma versão refrescante do nosso bolo de cenoura! As sobremesas, sim, superaram nossas expectativas. Leves, deliciosas, diferentes... Super aprovadas.


Com duas taças de vinho tinto (R$ 17 cada) + Coca + água + serviço, a conta ficou R$ 81 por pessoa. Sem o vinho, teria ficado R$ 69. Estou com dificuldades em julgar contas de restaurante ultimamente... acho tudo caro. Não acho R$ 81 barato... mas, em SP, com vinho, sobremesa e bem feito como foi, é quase uma pechincha.

VoltareiOui!
Para ir? Com poucas pessoas – o restaurante é um salãozinho pequetitito + andar de cima. E, de preferência, com reserva.
Tipo: bistronômico.

Fotos: @ autoindulgente (no instagram, você também vê foto do magret e da mousse de chocolate com sorbet de cenoura)

Serviço de utilidade pública: Rua Vupabussu, 71, Pinheiros - tel. 3360-4491